segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Baseado em fatos reais,

Parte 05 - Quantas vezes mais um coração pode se fazer em milhões ?


Ficamos 03 meses separados. Sem se falar. Esperamos o tempo (que ele tanto falava) passar. Três meses que não passavam, que a cada dia que abria o meus olhos pensava: "- é hoje, de hoje eu não passo !" mais todos os dias, eu encontrava forças na minha esperança. Se eu não acreditar em mim, quem acreditara ? Se eu não acreditar nele, quem acreditara ? Se eu não seguir meu CORAÇÃO, quem vai seguir ? Eu acredito nele, como acredito que o ar que eu respiro me faz viver. acredito que o amor tudo muda, e nos faz vencer.
Muita coisa rolou. Em festas nos encontramos, ao telefone falamos.. mas nada que fizesse um ou outro, dar novamente o braço a torcer. foram muitas indiretas e diretas trocadas, mas eu pelo menos não sedia. porque ? medo, medo de me perder e me enganar como da primeira vez. medo de sentir a dor angustiante que havia já sentido. medo de ouvir meu coração gritando o nome de Eolard. medo de me deparar com a dor injusta que senti, a dor no peito, a falta de ar, as lagrimas ardentes, as noites sem sono, os dias sem graça.
Eu não iria ligar para Eolard. Eu não iria procura-lo. Eu não iria dar o braço a torcer. ORGULHO ? não, receio. Eu estava quase curada. A ferida já não ardia tanto. Tentava não me consentrar tanto no que todos diziam. Estava indo bem. As provocações tinha cessado um pouco. Já conseguia pronunciar seu nome sem que a sensação de limão em um ferimento atingisse meu peito. Não ouvia noticias de Eolard a semanas, talvez um mês.. tinha perdido noção do tempo.
Acordei dia 24/08 e nesse dia eu posso ser honesta em dizer que Eolard não saiu de meus pensamentos. mais neste dia foi diferente.. não doia. Não conseguia parar de olhar a nossa foto. O cheiro de Eolard estava em minha pele. Eu lembrava do nosso beijo, eu sentia isso em meus labios. Eu lembrava dele cantando aos sussuros em meus ouvidos, aquilo me causava um arrepio num lugar bobo. Eu lembrava das coisas pequenas, e essas recordações me fizeram chorar, mas não havia dor. e a unica coisa que eu desejava esquecer era o seu ADEUS. Neste dia, eu escutei a nossa música e junto as minhas lagrimas eu cantei sozinha. Eu peguei meu celular na mão, como se espera-se algo.. deixei ele lá, porque sabia que estava só perdendo tempo, mas eu não me importava. continuei alí, me lembrando das coisas simples, lembrando e chorando. De repente.. meu celular estava tocando, e era o toque de Eolard, eu não podia acreditar, até pensei em não atender.. mais acabei atendendo. Eolard parecia tão sozinho, parecia mentira quando ouvi o que ele tinha a falar, estava tão surpresa. Ele lembrava de quando nos beijamos e sentia isso em seus labios, ele lembrava de cantar pra mim, a mesma música que cantava. ele lembrava das pequenas coisas. ele estava com saudades e queria conversar.. Ele estava arrependido, e a unica coisa que desejava esquecer era o seu ADEUS.
Eolard perguntou se podiamos marcar para se ver no fim de semana seguinte. Claro que aceitei. O meu coração parecia que tinha acabado de abrender a bater novamente, a partir daquela ligação. Cada dia que passava o coração acelerava mais, eu contava os dias para o fim da semana. terça, quarta, quinta, sexta, enfim sabado.. e adivinha ? Eolard não apareceu. domingo também nada. Aquele sentimento que eu tinha curado ou amenizado reapareceu, agora com ainda mais força. Queria entender como Eolard tinha voltado pra dentro de mim, não achei explicações.. mais sabia, lá ia eu de novo a isso. Estava sem chão. tudo ficara preto, ouvia longe, os olhos se fecharam com a dor do peito. QUANTAS VEZES MAIS UM CORAÇÃO PODE SE FAZER EM MILHÕES ? PRA QUE TENHO CORAÇÃO ? era o que eu tinha na mente, essa e outras duvidas não saiam de minha cabeça. O que eu sofri ? só eu sei. O que calei ? só eu ouvi. O que jurei ? só eu mesma não cumpri. O azar era meu, assim como os sentimentos todos. Me calei...

continua.

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